quarta-feira, 20 de novembro de 2013

BUF050. Luta Sangrenta


(Coleção Búfalo, nº 50)
Meadow Castle, de que existe um registo de 100 títulos no nosso país, nunca foi um autor que despertasse grandes simpatias a este humilde relator. As suas novelas perdiam-se muitas vezes na descrição de cenas de violência que em nada adiantavam à descrição da ação, tão colaterais eram em relação ao argumento principal. Castle entrou assim no rol dos execráveis...
No entanto, algumas leituras posteriores como Tragédia no Arizona e Justiça Texana permitiram reformular aquela opinião. Castle é duro, mas por vezes tem livros muito agradáveis.
No que respeita ao presente, aconteceu uma curiosidade: um estúpido erro de impressão fez com que, ao terminar uma página, o texto que se lhe seguia não correspondesse ao que devia ser o qual só se encontrava umas páginas para a frente. Ao fim de algumas tentativas, desistimos... e, cinquenta anos passados, já é tarde para reclamar...
A capa, de Bosch Penalva, é magnífica e retrata um pormenor da acção. A menina do saloon dança com o herói da novela, procurando infrutiferamente fazê-lo sucumbir aos seus encantos... e aquele sorriso parecia o sinal...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

BUF049. Johnny "Calaveras"


(Coleção Búfalo, nº 49)


Nesta obra, Donald Curtis traz-nos um pistoleiro, eis presidiário, vestido de negro, cujo fato ostentava caveiras como botões. Os seus feitos foram cantados em verso:

Se é a morte o que esperas,
Se buscas fugir à morte,
Olha aquele triste cavaleiro,
É ele, Johnny "Calaveras"


Se queres morrer às cegas,
Não escapes à sua vingança
Porque a todos ele alcança
O nosso Johnny "Calaveras"*
*Calaveras: caveiras

BUF048. Violento por amor


(Coleção Búfalo, nº 48)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

BUF047. O peso do revólver


(Coleção Búfalo, nº 47)

«A amizade que ligava Bem-Tim Coleman ao jovem Drew Solvay tinha a firmaeza de uma riocha. Drew era um rapaz insociável e teimoso, quase a transformar-se num homem. Havia dez anos que perdera os seus pais. Nessa altura Bem-Tim levara-o para o pequeno rancho que possuía em Devil Valley. A criança resistira desesperadamente, como qualquer cachorrinho que um rafeiro tivesse agarrado pelo cachaço, para o afastar do seu pequeno mundo».
Bem-Tim ensinou tudo ao jovem Drew. Inclusivamente o manejo de armas, até que em determinado dia concluiu que o jovem já atirava melhor que ele e sentiu que a sua missão poderia terminar. Mas não estava completamente dentro da razão. Pouco a pouco, outros foram conhecendo como ele era hábil com as armas. Um dia foi gozado por pistoleiros que tinham chegado à cidade não se sabia a soldo de quem. E acabou por fazer justiça pelas suas mãos sem se aperceber que com isso entrara na trama de um ricalhaço dono de uma enorme extensão de terras e endividado perante uma família do Alabama. A chegada desta família à cidade, que tinha sido precedida pela chegada do filho mais velho entretanto assassinado o que levou à acusação de Drew, fez  que este conhecesse na jovem Elsa o amor da sua vida e o levasse a afastá-la da influência do poderoso da terra.
Este livro de Alone Gregory é muito interessante e muito bem estruturado. Os capítulos são curtos, talvez uma média de meia dúzia de páginas, e todos têm título. A partir deles quase é possível refazer a história. Para além disso, é de fácil leitura e convincente.

Aqui deixamos duas passagens bem ilustrativas





domingo, 17 de novembro de 2013

BUF046. Fada Negra


(Coleção Búfalo, nº 46)

Quando Bruce Loman, um agente federal infiltrado na quadrilha de Derringer, abateu em duelo o xerife de Tucson, estava longe de calcular que a noiva deste iria desempenhar a partir daí um papel que em muitos momentos complicou a sua missão. Ela vestiu de negro, ela pegou em armas, ela colocou ao peito a estrela que o noivo usara e a partir daí todos os indesejáveis que existiam na cidade passaram a ter alguém que não lhes facilitava a vida. Transfor,mu-se numa verdadeira fada negra.
A memória do xerife abatido acabou por ser assombrada pelo conhecimento de que este colaborara com bandidos e colhera benefícios disso. E em determinado momento, uma notável mudança de atitude fez que a fada negra se aproximasse sentimentalmente do homem que lhe abatera o noivo.
A segunda obra de Silver Kane na Coleção Búfalo é menos conseguida do que “Caminhos Sinistros”, mas tem momentos de significativa intensidade.
Eis algumas passagens selecionadas:



sábado, 16 de novembro de 2013

BUF045. Os conspiradores


(Coleção Búfalo, nº 45)
Um grupo de indivíduos, bem estabelecido em Nova Orleans, tinha lutado no exército Confederado e conspirava para conseguir o reatar da guerra com o objetivo de atingir o poder e expulsar os nortistas de postos chave por estes ocupados. Mas a conspiração chegou ao conhecimento de alguém que, por outro lado, tina uma prova da sua passagem pelo exército sulista consubstanciada numa fotografia em que queimavam a bandeira da União.
Numa viagem de barco para Nova Orleans este indivíduo acabou por ser abatido, mas acabou por passar a mensagem a um jovem maltrapilho a quem contratou e vestiu com o objetivo deste o defender em qualquer contexto. Durante a viagem, o jovem foi seduzido por uma beldade que se dedicava à exploração de incautos aristocratas e, enquanto de encontrava com ela, foi consumado aquele vil acto.
O jovem acabou por ser acusado de assassínio, mas, conseguindo fugir, dirigiu-se a Nova Orleans para esclarecer a verdade.
Este livro de Keith Luger tem alguns momentos muito interessantes sendo de destacar a passagem em que os perseguidores são engolidos no pântano.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

BUF044. No meio de dois homens



(Coleção Búfalo, nº 44)
«Quando o velho aventureiro Edwin Drake perfurou a terra para o primeiro poço de petróleo, entre os risos e troça da população honrada de Titusville, na Pensilvânia, ninguém imaginava a formidável transformação que aquele local iria sofrer e o impato que tal ação teria sobre o dia a dia de toda a gente e sobre os processos de trabalho. Quando o petrólero subiu jorrando pelo tubo, o grito de «Oil! Oil!» repercutiu-se de vale em vale, de terra em terra e, como um eco, de um ao outro extremo dos Estados Unidos.
Nascia uma indústria gigantesca. Por toda a parte se falava de petróleo e de todo o continente chegavam À Pensilvânia aventureios e pesquisadores. O «rush» (corrida) do petróleo foi tão avassalador como o «rush» do ouro. Os jornais fomentavam a cobiça dos seus leitores falando-lhes de poços milagrosos, de rendimentos incríveis, de fortunas fabulosas e repentinas...». - palavras de George H. White.
Mas...
«... passados algum tempo, a indústria petrolífera atravessava uma grave crise. Muitos poços fecharam, depois de arruinarem os seus proprietários e em metade dos restantes trabalhava-se a um décimo da produção que tinham no começo.
O pessoal e proprietários dos jazigos sabiam o que provocava a obstrução dos poços; mas a forma de eliminar o mal não estava dentro das suas possibilidades.
Descobriram que a parafina, sedimento seroso do petróleo, entupia os furos com camadas de areias petrolíferas impedindo, ao fim de um ano aproximadamente, o livre afluxo do líquido pelo furo praticado».
É neste contexto que Ron Stephens chegou a Titusville. Ex-militar, onde atingira o posto de capitão, fora obrigado a abandonar o exército por abater um superior em duelo leal. Não levava um cêntimo nos bolsos mas não o conseguiram despojar dos conhecimentos de artilharia. Assim, em contato com o problema, sugeriu a utilização de nitroglicerina na limpeza dos tubos e o petróleo voltou a jorrar abundantemente. Uma nova profissão surgiu: a dos fabricantes e detonadores de nitroglicerina que, com imenso risco, levavam quantias elevadas por aquela atividade.
Uma mulher registou uma patente dias antes de Ron iniciar a sua atividade e um formidável conflito de interesses se desenhou a partir do momento em que ela quis fazer fortuna controlando a limpeza dos poços.
Um indivíduo sem escrúpulos aproveitou o conflito assim nascido para se aproximar dela sentimentalmente. Muitos «shooters» começaram a ter acidentes ao irem procurar desempenhar a sua atividade às escondidas para iludir a vigilância daquela mulher. Desapareciam aos bocados engolidos na explosão da nitroglicerina...
Todos pareciam em guerra com todos...
Este livro de George H. White, aparece publicada exatamente dois anos depois do magnífico «Filho do Deserto». Também aqui há uma mistura de sangue branco e índio, o que nem é relevante para a novela. Mas o pai da jovem era um judeu que parecia dedicar-se a negócios escuros e alguém se encarregou de o fazer desaparecer. Influências da história recente...

BUF043. Vaqueiro e detective


(Coleção Búfalo, nº 43)
Ainda miúdo, Dale Connors ia estudar para a cidade e a sua vida corria em suave calmaria. Um dia, ao regressar a casa, encontrou pais e irmãos mortos e soube que lhe tinham roubado todo o gado. Uma pista inesperada conduziu-o à povoação de Alminhas à procura de um homem que saria uma botas ostentando no cano o desenho de um conjunto de trevos formando um sete. Para além disso, levava uma espécie de moeda que garantia uma bebida em determinado bar. A sua chegada àquela povoação desencadeou de imediato uma série de assassínios com o objetivo de eliminar pessoas para não falarem, mas a sua perseverança e a ajuda de um xerife que fazia respeitar a lei acabou por o conduzir aos assassinos da sua família que também ali se dedicavam ao negócio de gado roubado.
Trata-se de uma novela pouco interessante de Peter Debry, um génio da novela policial.

domingo, 10 de novembro de 2013

BUF042. Califórnia


Neste livro, um jovem cowboy, desejoso de se estabelecer num rancho no Arizona, chega a S. Francisco da Califórnia em busca de fortuna e, após truculentas cenas de tiros e pancadaria, encontra uma condessa russa, fugida à perseguição no seu país, pela qual vem a apaixonar-se...

Tex Taylor é um autor muito experiente que demonstra alguma capacidade para a descrição paisagística, mas por vezes deixa-se levar pela receita destas novelas e brinda-nos com infindável pancadaria. Valha o final feliz.

O nome do livro refere-se a um saloon onde se desencadeou uma cena chave da acção.

A capa, de autor desconhecido, não assinada, mostra a entrada atenta do herói nesse bar. Algo o espera, algo vai passar-se...